Monitoramento de Fauna
Em toda sua história a ECOTROPICA sempre construiu parcerias buscando a conservação do ambiente e a melhoria da qualidade de vida daqueles que dele se servem. Sabemos que os tempos atuais exigem muito trabalho e empenho em campo para que os resultados possam ser trazidos e apresentados em forma de imagens e dados coletados durante o trabalho.
Fechando o mês de julho nossa tarefa foi dar apoio à SEMA, INDEA, e ao MAPA para ações de campo que buscavam identificar a ocorrência, ou não, da incidência de gripe aviaria em face de recente surto descoberto no Brasil.
A influenza aviária H5N1, fenômeno de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres, já foi detectada no Brasil e está no radar dos órgãos de controle sanitário que têm a missão de contingenciar a doença evitando propagação de grande efeito.
Desta vez, o pantanal foi campo de estudo e monitoramento de ninhais tendo sido escolhido pela alta concentração de espécies migratórias que nesta época se reproduzem em forma de concentração de ninhos próximo às baías deixadas pela vazante. Os pontos de amostragem foram realizados ao longo da Estrada Parque Transpantaneira e área de confluência.
Diversos ninhos isolados foram avistados e em maior número, os ninhais que se assoberbam em espécies, quantidade e estagio de reprodução.
Ao encanto da fauna tem-se a companhia da flora exuberante. Nesta época do ano, os Ipês e as Piúvas ditam o tom em cores e sobre cores, o que torna mais harmônico a vida nos ninhais.
A importância para detecção da doença está ligada diretamente ao interesse na manutenção da fauna brasileira que também é composta por espécies estrangeiras. Ao editar a portaria n°587/2023 o Ministério da Agricultura se valeu do que determina a legislação brasileira para colocar a salvo da ocorrência de peste de fácil contaminação os individuas perenes e transitórios dos ambientes aquáticos e terrestres do Brasil.
Importante lembrar que a influenza que se busca controlar pode afetar também o ser humano, quando em contato com ave doente. Todas as autoridades sanitárias devem cumprir o contido na Portaria MAPA para evitar prejuízo à saúde e à ordem econômica, já que aves de criadouros também podem ser facilmente afetadas pela presença do vírus H5N1.
Qualquer pessoa que se deparar com ave com os sinais da doença deve imediatamente comunicar à autoridade sanitária mais próxima que fará a contenção para estudo da presença do vírus. Caso seja detectado, implementar as medidas cabíveis para evitar sua propagação.
Durante o trabalho no pantanal não foram detectados sinais da presença de aves contaminadas em todo o trajeto, mas o trabalho de observação deverá continuar até o fim do período migratório que ainda está em curso para a região observada. A equipe de campo formada por veterinários, biólogos, gestores e voluntários utilizaram diversos equipamentos incluindo drones para chegar às áreas de difícil acesso por galeria de matas ou banhados, comuns no pantanal.
Nossa jornada continua. Agradecemos a sua ajuda, apoie, seja voluntário e PARCEIRO nesse PROJETO!